Fake News: o que a escola pode ensinar sobre esse fenômeno?

Ano eleitoral no país, polarização nas Redes Sociais, discussões, propagandas e propagação de Fake News. Como educar os alunos para as Redes Sociais? A escola é a instituição que deve ensinar a “ler o mundo”, portanto é importante e necessário falarmos de Fake News em sala. Mas como falar para crianças da ilegitimidade dessas informações em um mundo onde nem todos os adultos conseguem entender o que são e como funcionam essas notícias? Muitas iniciativas interessantes já são ofertadas na internet: cartilhas virtuais, vídeos etc, mas ainda não são suficientes. Precisamos falar sobre isso e ensinar às pessoas como identificar e não compartilhar essas armadilhas midiáticas.

Fake News é uma expressão do inglês que foi incorporada ao uso brasileiro e significa “notícias falsas”. Na prática, são informações enganosas ou antigas sobre um determinado assunto que são disseminadas nas redes sociais como verdadeiras ou atuais. Essas notícias podem gerar polêmicas, denegrir a imagem de uma instituição ou de uma pessoa e até influenciar nas eleições. Elas viraram arma na mão de marqueteiros e pessoas sem ética que utilizam inclusive robôs e perfis falsos nas redes sociais para disseminá-las. Já influenciaram até as eleições americanas e estão presentes nas Redes Sociais todos os dias.

Os cursos de formação de professores e as escolas devem incluir o assunto em seus currículos,  ensinar como identificar essas notícias e tomar medidas para que elas não sejam compartilhadas, enganando ainda mais pessoas. Conhecer o assunto faz parte da formação cidadã e ética de nossa sociedade e deve ser encarado como prioridade nas salas de aula.

Precisamos ensinar as pessoas a conferir as fontes – e sua credibilidade – e as datas de publicação, para que não divulguem notícias antigas e fora de contexto. Feito isso já diminuiremos bastante a propagação de notícias falsas. É possível, inclusive, pesquisar notícias em sites especializados em identificar boatos.

Unir forças com o intuito de educar as pessoas para a convivência nas Redes Sociais é promover cidadania, ética e tolerância. A escola não pode ficar à margem do que acontece no mundo virtual e, especialmente, nas Redes Sociais, porque o que acontece lá tem influência na vida real.

Para colaborar com esse assunto, deixo algumas sugestões de sites:

https://www.boatos.org

https://new.safernet.org.br/

https://projetocomprova.com.br/


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Gisele Cordeiro
Gisele Cardoso Cordeiro é professora de Ciências da Rede Municipal do Rio de Janeiro, com 26 anos de experiência na área. Mestre em Tecnologia Educacional pelo Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde (NUTES/UFRJ) e especialista de EAD e Dificuldades de Aprendizagem. Também atua como professora universitária na área de Tecnologia Educacional e Prática de Ensino e atualmente ocupa o cargo de gerente de Inovação e Tecnologia Educacional da Secretaria municipal de educação do Rio de Janeiro (SME/RJ), a maior rede municipal de ensino do Brasil.

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