Quem forma o formador?

Publicado em 06 de Maio de 2016 por Silvana Tamassia – silvanatamassia@eloseducacional.com

Formação continuada é inegavelmente uma necessidade nos dias atuais. As necessidades e demandas que a escola nos trazem a cada dia exige de todos os envolvidos um processo de melhoria contínua para poder atender à diversidade que temos hoje em sala de aula.

E isso é muito positivo! Porém, exige dos profissionais envolvidos aprimoramento contínuo.

No caso das escolas públicas, esta tarefa de formar suas equipes fica a cargo das Secretarias de Educação. Mas a pergunta que nos fazemos é Quem forma este formador?

Se queremos que a Secretaria de Educação forme os seus profissionais precisamos pensar se há nesta equipe pessoas preparadas para serem esses agentes de formação. Assim também, se atribuímos aos coordenadores pedagógicos a função de formarem seus professores, precisamos também dar oportunidades para que desenvolvam as competências necessárias para esta tarefa.

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E quais seriam os principais desafios de um formador?

Podemos citar entre os principais desafios a necessidade de ter um olhar focado para o trabalho desenvolvido em sala de aula, buscando evidências sobre aquilo que é observado ou sobre os pontos de melhoria que a escola precisa desenvolver.

Encontrar evidências é um grande desafio para nós educadores. Em geral, costumamos olhar as coisas de maneira genérica e acabamos fazendo inferências com base em nossos conhecimentos prévios e no nosso ponto de vista.

Ao analisarmos uma situação, fazermos um diagnóstico da escola ou observarmos uma aula, precisamos sempre buscar o que temos de evidências concretas, ou seja, aquilo que realmente é possível ver e nos dar elementos para termos uma imagem real desta situação e, então, podermos pensar nas melhores ações e encaminhamentos para elas.

Vamos pensar num exemplo concreto para ajudar nesta reflexão.

Que evidências podemos ter quando dizemos que os pais não participam das reuniões? Quando falamos isso, fazemos uma generalização e não identificamos se são a maioria, se é um pequeno grupo, se o problema está em determinadas turmas, ou se o horário da reunião que está dificultando a presença deles.

Então, o primeiro passo seria identificar quantos pais realmente não participam tendo como evidência a lista de presença de cada turma. Então, após tabular esta informações, será possível entender se realmente é um problema de todas as turmas e como podem pensar em ações para mudar essa situação.

Fazer isso é um grande desafio e um exercício diário dentre tantos outros que esta função exige, mas vale a pena começar a pensar sobre ele! Assim, estaremos cada vez mais preparados para nos colocar neste papel de quem forma outros educadores, contribuindo com a melhoria contínua da educação.

 

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