Veja a evolução das médias das escolas no Enem de 2009 a 2014

O Inep divulgou nesta quarta-feira (05) os resultados das escolas no Enem 2014. O time do +Enem Meritt, que também trabalhou no desenvolvimento do QEdu, lançou uma plataforma online, aberta e gratuita para que as escolas possam consultar rapidamente seus dados mais atuais. Além disso, a plataforma entrega dados de colocação, comparação, evolução e variação das médias desde 2009. A plataforma está disponível em http://enemporescola.com.br. Em breve, os dados também estarão no QEdu.

“O grande diferencial desta página é que ela não mostra apenas as médias em cada área no último ano e faz um ranking considerando as médias nas objetivas, mas contextualiza os dados, que são de extrema importância para as escolas poderem se posicionar juntos aos pais e à comunidade escolar”, explica Alexandre Oliveira, professor e co-fundador da Meritt, startup parceira no desenvolvimento do QEdu e desenvolvedora da maior plataforma de dados do Enem no Brasil, o +Enem.

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Dados de contexto para rankings mais justos

Ao acessar a plataforma, o sistema calcula as médias das escolas e a coloca em um grupo de comparação que esteja de acordo com as suas próprias características de tipo de escola (pública ou privada) e nível socioeconômico. “Em um país com tantas diferenças, é preciso olhar cada escola de uma maneira única”, defende Oliveira.

Além de poder consultar rapidamente suas médias em 2014, é possível descobrir como está a evolução da escola e se comparar com o grupo certo de instituições usando dados desde 2009. “Usar somente os resultados de 2014 para julgar as escolas é injusto e não mostra o quanto elas realmente podem estar evoluindo em questão de desempenho e aprendizado dos alunos”, ressalta Alexandre.

“É injusto uma escola de nível socioeconômico baixo, por exemplo, ser comparada com uma de nível socioeconômico mais alto, pois as realidades são muito distintas, e há vasta literatura sobre avaliações demonstrando o quanto aspectos relacionados ao capital social e material influencia no desempenho dos alunos. Além disso, pode não ser ideal comparar duas escolas de nível socioeconômico parecido, mas em contextos locais diferentes do Brasil”, explica Oliveira.

Os indicadores de contexto, que começaram a ser divulgados pelo Inep desde o ano passado, permitiram observar as escolas sob outro ponto de vista. “Muitas escolas, mesmo que com médias muito inferiores àquelas que estão nas primeiras colocações no Brasil, têm um histórico de crescimento muito interessante, o que mostra que, mesmo com tantas dificuldades, o desempenho dos alunos pode estar melhorando”

Como acessar e usar os resultados da sua escola

A plataforma enemporescola.com.br permite que o usuário selecione uma escola específica e veja os dados dela em comparação com as escolas da sua própria região, de mesma dependência administrativa (pública ou privada) e de mesmo nível socioeconômico, e a sua evolução desde 2009.

“Esses dados são importantes, inclusive, para que a escola consiga se posicionar para os pais e para a comunidade escolar, mostrando que olhar somente os resultados de 2014 e num contexto nacional não é o ideal, pois não considera fatores muito importantes para a educação, como a diferenças socioeconômicas e regionais”, detalha Oliveira.

Os usuários também podem, por meio de filtros disponíveis na plataforma, ver os resultados das escolas de outra dependência administrativa e nível socioeconômico. “Assim, elas conseguem analisar, por exemplo, se a evolução dela está acima ou abaixo da evolução das escolas de outro nível socioeconômico, informação muito importante na hora de se posicionar”, reflete o professor.

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Posicione adequadamente sua escola

Para auxiliar as escolas a construírem um posicionamento, a Meritt também desenvolveu uma campanha que disponibiliza conteúdos gratuitos onde as escolas aprendem a ler, interpretar e usar seus próprios dados e, em seguida, construir um posicionamento adequado. A página está disponível em https://maisenem.meritt.com.br/campanhas/resultados-enem-2014.

“É importante que as escolas percebam que estão melhorando ou que podem melhorar, mesmo que ainda distante das primeiras colocações nacionais, pois assim elas conseguem engajar mais os professores e os alunos e melhorar a qualidade da nossa educação”, finaliza o CEO da Meritt.

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